terça-feira, 19 de junho de 2007

A IMENSA BOLSA DE BRUNA VEIGA

Era uma vez uma menina. Era uma vez uma menina porque é assim que começam as estórias nos livros. Continuando, era uma vez uma menina que carregava uma imensa bolsa de pano.

Em que tempo se passa esse conto?
- não é conto. É fato.
- Tudo bem, é fato. Em que tempo se passa esse fato?
- Pra quê quer saber?
- Pra preencher sua estória.
- Se passa em 1943.
- Tão antiga assim?
- Antiga e atual.
- Então continua......

Era uma vez uma menina que carregava uma imensa bolsa de pano. O seu nome era Bruna Veiga e todas as pessoas do planeta em que ela vivia (planeta estilo Pequeno Príncipe, mas não tão pequeno) a conheciam como A Menina da Bolsa Gigante, e a bolsa era mesmo gigante, diziam que reis e rainhas ali se escondiam, castelos inteiros eram carregados para cima e para baixo, dragões, princesas adormecidas, príncipes encantados, sapos, bruxas, duendes......

Em que lugar se passa esse conto?
- já falei que não é conto. É FATO.
- Tudo bem......desculpa. Em que lugar se passa esse fato?
- Ah, sei lá. No tal planetinha sem nome.
- E não vai inventar um nome para o seu planeta?
- Não.
- Nenhum?
- Porra. Vai me deixar continuar a estória ou não vai?
- Sem palavrões.
- Foda-se.
- SEM PALAVRÕES.
- FODA-SE.

Onde eu tinha parado mesmo? Ah sim, então.....certo dia Bruna Veiga estava na fila do banco e todas as pessoas estavam esperando a horas para serem atendidas e a menina do caixa era meio surda e meio cega e meio paranóica e tinha que ficar toda hora indo para o banheiro tomar uns remédios que ela injetava direto no pescoço e tal....e aí Bruna, a-menina-heróica-dos-contos-não contados-porque-na-verdade-são-fatos tirou de dentro da sua imensa bolsa gigante milhares, milhares não, centenas de cadeiras de balanço que rangiam e todas as pessoas da fila sentaram nas cadeiras e começaram a balançar e aquele barulho ensurdecedor de todas aquelas cadeiras que rangiam deixaram o gerente louco a ponto de derramar sangue pelos ouvidos, menos a menina do caixa, que era meio surda, e Bruna Veiga ainda tirou de dentro da sua imensa bolsa de pano, fones de ouvido que tocavam música e distribuiu para todas as pessoas da fila e todas as pessoas ficaram felizes e foram atendidas e só o gerente morreu nesse dia, mas Bruna logo tirou outros dois gerentes novinhos em folha de dentro da sua bolsa e colocou no lugar do antigo e esses gerentes eram do tipo que emprestavam todo o dinheiro do mundo e todas as pessoas ficaram ricas, pois os novos gerentes doavam todo o dinheiro também e o banco faliu e fechou e ninguém nunca mais precisou de banco. Só banco de praça. E todos foram felizes para sempre.
.FIM. SIM.

3 comentários:

Rafael Mafra disse...

Cara, às vezes eu acho que as pessoas estão ficando doidas quando não fazem as coisas que essa menina faz. E estão doidas eu acho. E sei lá... preciso de um bolsa dessa pra usar lá na agência onde trabalho.

Alessandro disse...

Long live Bruna Veiga! Eu já amo esta muchacha! :-)

Mhel disse...

eu conheço a bolsa dessa menina, já me tirou do sufoco várias vezes.
aproveitando, avisa pra bruna que aquele negão que ela me emprestou veio com defeito.