terça-feira, 12 de junho de 2007

DIA DOS NAMORADOS.

Depois de anos e anos de televisão (os seriados eram a minha droga preferida) desconfio que ainda resta alguma coisa do meu cérebro. Não sou tão burro a ponto de ser feliz e além do mais eu comemoro essa coisinha estúpida chamada DIA DOS NAMORADOS, ao contrário dos vermelhos-comunistas-malditos, vide nosso camarada Nelson, que futuramente, se tudo der certo, será convencido à juntar-se na Trincheira do Verdadeiro Valor Cristão, eu ainda carrego dentro de mim essa chama apaixonada, esse impeto amoroso perfeito que me faz percorrer corredores de shoppings e mais shoppings procurando pelo presente ideal para a minha menininha. A minha menininha....alguns aqui já devem conhecer a Bruna, ela carrega uma bolsa enorme, parece uma sacola gigante, quase arrasta aquele troço pelo chão, e lá de dentro, tira de tudo, mas isso é outra estória, o que eu gostaria de contar é que esses dias, sábado mais especificamente, falei com ela sobre o grande dia de hoje....amorzinho. eu disse. a gente bem que poderia dar um pulo naquele fast-food, ou num restaurante típico qualquer, sei lá, um vinhozinho importado, naquele barzinho onde a bossa rola, (mamãe quero ser pequeno burguês) que que cê acha benzinho? então ela olhou para mim e deu aquela risada engraçada de sempre, uma risada contida, não tem como reproduzir aqui, mas é mais ou menos assim, sabe quando você tá fumando um beck e alguém conta alguma coisa engraçada bem na hora em que você tá segurando? é isso....daí ela não se pronunciou mais, creio que não goste dessas festividades, tampouco de mãos dadas pelos corredores dos shoppings ou galerias. imagina só aquelas vitrines todas refletindo os nossos olhos apaixonados. apaixonados no dia dos namorados.
só os burros são felizes.
não é difícil imaginar.

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