sábado, 16 de junho de 2007

Cássia blues


Santos familiares depositaram minha sorte
Cantarolei nos meses chuvosos do delta
Não consta mais em minha certidão de nascimento nossa terra.
No piso que tem farelos de algum cereal que amarela minhas unhas desgastadas pelo blues
Nas paradas, fiscais surram meus patrícios do sul.
Mama são quebrados pelos murros e chutes
Espectro das fazendas de algodão?
Estão sendo uma diversão racista no navio negreiro que é América?
Lamento do sul na sensibilidade do aço que caracteriza o norte?
Agridoce as chaminés desse ninho apelidado de seguro
Cordão umbilical amarrado nas sementes da próxima colheita
Jornada dedilhada de feno com inspiração
No moquifo, gaitas, cigarrilhas, tremedeira pela cafeína.

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