sábado, 12 de janeiro de 2008
Das vaidades vadias
Das Vaidades Vadias
o poeta está cansado
da política
da boa vizinhança
do bom-mocismo
de dizer amém
do façamos amor
do não à guerra
do tudo-em-paz
queimem os terços
desfaçam o sorriso falso
e cansado
da foto que não lhes traduz
assumam a angústia
o patético
da crise de meia-idade
dos seus 18, 30, 50 ânus
carreguem como bandeira
a solidão das convicções
abandonadas
em troca de aceitação
tudo cheira mal
perfume francês
avenidas bem-cuidadas
para o inglês ver
tragam os miseráveis
os assassinos às ruas
os viciados e as damas
mais sacanas e risonhas
vamos criar um hino
da doença entre as coxas
do fétido ar de bosta
das vaidades vadias
vamos, otimistas
vomitar aos pés
das árvores centenárias
e morrer cantando
uma canção de desconsolo
de pouco caso
de desumanidade
de medo do medo do medo do medo...
Beijos e abraços prop(h)anos!
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Um comentário:
Ei poeta....precisamos preencher o Gruta de poesia, ainda que seja etílica ou uns versos em blá blá blá...
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