quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Uma do velho.

(Porra! A merda do teclado falhou!)
J[a que o Narco n'ao vem ao Prophanos, algum prophano vai at[e o fotolog do corno e traz uma poesia do padrinho?

noite de Natal, sozinho
noite de Natal, sozinho.
num quarto de motel
junto à costa
perto do Pacífico -
ouviu?

eles tentaram fazer desse lugar algo
espanhol, há
tapeçarias e lâmpadas. e
o banheiro é limpo, há
minibarras de sabonete
rosa.

não nos encontramos por
aqui:
as piranhas ou as damas ou
os alcolatras ou os
adoradores de ídolos.

lá na cidade
eles estão bêbados e em pânico
furando sinais vermelhos
arrrebentando suas cabeças
em homenagem ao nascimento de
Cristo, e isso é ótimo

em breve terei terminado esta garrafa de
rum porto-riquenho.
pela manhã vomitarei e tomarei
banho, voltarei para
casa, comerei um sanduíche à uma da tarde
estarei no meu quarto por volta das
duas,
estirado na cama,
esperando o telefone tocar,
sem responder,
meu feriado é uma
evasão,
minha razão não é.


Charles Bukowski - noite de Natal, sozinho

2 comentários:

Rafael Mafra disse...

Nunca tinha lido essa. No come;o ate pensei que era do Narco, que ele nao deixaria a desejar. Mas [e do Buk! Bom e velho!

Anônimo disse...

eu sou um merda mesmo...

Já devia ter me cadastrado faz tempo...

Qq dia eu te ligo e peço instruções...

Abraço muleke...