sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Aluir
O mundo é ridículo. Mas desta vez é sério, eu vi na televisão!
Enquanto vivemos, inventamos, sim, prolixidade e pleonasmos. Enquanto continuamos, estacionamos engarrafamentos que sirvam aos pedágios ambulantes e inconstantes. Pagamos o preço que a civilidade exige para financiar nossas frustrações. Nas escolas, ensinamos o verbo errado e depois lucramos com manuais plásticos de conjugações ou livros de auto ajuda para iludir. Para aluir. Nossa moral não é senão argumento de venda para que compremos e paguemos em dia todos os nossos pecados. Nossos equívocos fingem que estão apenas justificando a regra. Nossos sorrisos, premeditando o choro que premedita outros sorrisos. Nosso silêncio, apenas abrindo espaço para o caos... na verdade, abrindo as pernas para o que julgamos normal. Ele apenas alimenta com migalhas o garoto que morrerá por fome de qualquer jeito; alimenta nossa raiva e mais ainda nosso cú, que a engloba; alimenta nosso insaciado tesão, que exemplo melhor?
Enfim, que seja. Não são novidades. Também fiquemos em paz, assim como as crianças que fingem ainda não terem entendido nada disso.
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Um comentário:
Uma cerveja às nossas desgraças, semana que vem!
Que tal?
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