Coloquem as crianças em cima dos muros, estourem pipocas e champanhe, pintem as ruas, as unhas, linguas pontiagudas e cotovelos acoplados em poltronas acima de qualquer suspeita e não se esqueçam das bandeirinhas verdeamarelas penduradas, tremulando ao vento - comemoraremos como uma copa do mundo a prisão do suposto casal assassino.
E dentro de uma sala lúcida (talvez) alguém assista o nosso espetáculo (o espetáculo dos meios de comunicação e sua massa disforme embora sob controle) os nossos urros de vitória, gritos no improviso, nossos sorrisos rotos, tortos, mortos - porque no canto da cozinha, bem agora, o calendário de Jesus Cristo dos nossos domingos passados fora trocado por um novo, cuja criança crucificada (conhecida por todos) gera muito mais capital.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
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Um comentário:
Cacete, moleque!
Demora pra aparecer, mas chega destruindo (no bom sentido)!
Cervejas qualquer dia, cara!
Abraço!
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