quinta-feira, 8 de maio de 2008

ISABELLA É UMA ILHA

Coloquem as crianças em cima dos muros, estourem pipocas e champanhe, pintem as ruas, as unhas, linguas pontiagudas e cotovelos acoplados em poltronas acima de qualquer suspeita e não se esqueçam das bandeirinhas verdeamarelas penduradas, tremulando ao vento - comemoraremos como uma copa do mundo a prisão do suposto casal assassino.

E dentro de uma sala lúcida (talvez) alguém assista o nosso espetáculo (o espetáculo dos meios de comunicação e sua massa disforme embora sob controle) os nossos urros de vitória, gritos no improviso, nossos sorrisos rotos, tortos, mortos - porque no canto da cozinha, bem agora, o calendário de Jesus Cristo dos nossos domingos passados fora trocado por um novo, cuja criança crucificada (conhecida por todos) gera muito mais capital.

Um comentário:

Rafael Mafra disse...

Cacete, moleque!
Demora pra aparecer, mas chega destruindo (no bom sentido)!
Cervejas qualquer dia, cara!

Abraço!